Meu pé de Maracujá:
Rachou-se outro ovo no ninho,
Achou-se sob plumas de nino,
Aquecido por quem frio passava,
Coberto de quem a chuva molhava.
Era ela: a protetora,
E ele – em alternância de cargo.
Era a mãe: acolhedora,
E a Ave-Pai (reincidentes no fardo).
Seus irmãos, muitos, já plainavam,
Mas o ínfimo-ser tinha tratos de único,
Santo, ouro, incenso e mirra
Pelos miniaturistas pais que o esculpiam
GIGANTE: cresceu no berço púrico
Do amor alheio ao medo-mundo que gira.
Brotam as penas, aprende-se a voar.
Asas levam ao longe, pela imensidão do (a)mar.
Mas há um eterno seguro cais
Por cujo valor e calor nunca jaz.
Pois por mais distante que se vá
A real paz e aconchego mantêm-se lá...
Sob as penas molhadas da tempestade,
Hospitalidade divina, materna felicidade.
Amo vocês – eterna verdade.